quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Perdoa-me.



As lágrimas não param de me escorrer pelo rosto. E tu aí, impávida e serena.
Estás deitada ao meu lado, mas há horas que não me falas. Diz que me amas. Quero ouvir-te dizer que me amas.
Estás pálida. Eu pergunto se estás doente e tu nem abres a boca. Pareces-me fria, aconchego-te, abraço-te.
Peço-te desculpa mil e uma vezes, entre os soluços. E manténs o teu silêncio.
Eu sei que estás a olhar para mim. Pelo menos os teus olhos estão virados para mim, mas sinto como se estivesses a olhar para um lugar distante na tua imaginação.
Não sei como consegues. Eu aqui, torturado pela agonia, e tu apática. Magoa-me, sabes?
Dou-te um beijo na testa e saio da cama.

“Vou fazer algo para comermos, deixo-te aqui com os teus pensamentos. Desculpa mais uma vez, eu não te queria dar o tiro na nuca. Estávamos a discutir, compreende, eu estava fora de mim. Amo-te”