quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Esquecido



Estou deitado, frio, inerte. Estou morto há anos e anos, desde o dia em que partiste.
Contei as horas que passaram, os minutos que sofri.
Derramei lágrimas como uma fonte de água eterna, até desaprender a sorrir.
A minha vida não acabou no dia em que todos os meus orgãos falharam. Acabou sim, no dia em que parou o meu coração, por não saber bater por mais ninguém. Nesse dia começou a minha morte, dias agrestes, dias amargos.

Hoje.

Estou deitado, frio, inerte. Sete palmos baixo de terra. Agora não passo de um pedaço de carne podre que fez um dia parte de uma história.

Uma história lembrada por ninguém...